quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Onze Igrejas queimadas durante violência de Maiduguri

Lagos - Pelo menos 11 Igrejas foram queimadas em Maiduguri, capital do Estado nigeriano de Borno (norte), durante os quatro dias de violência envolvendo a seita fundamentalista islâmica de Boko Haram, na semana passada, disse segunda-feira um responsavel cristãoo local, noticiou hoje a Panapress.

Numa declaração assinada pelo reverendo Heladuwa John William, administrador diocesiano de Maiduguri, o prelado diz ter convidado o governo estadual de Borno a reparar os danos causados aos templos alegadamente queimados por militantes da Boko Haram.

O reverendo William enumerou que entre os imóveis em causa estavam os templos católicos de São José de Gamboru Ngala, São Miguel de Maiduguri e nove outros das Igrejas Protestante e Pentecostal.

“Pode fircar-se com a impressão de que as recentes crises em Maiduguri nao são de indole religiosa. Porem, tal (impressão) nao e realista uma vez que estão involvidas 11 igrejas”, refere o documento.

Segundo o prelado católico, o número de pessoas que morreram nos confrontos estara entre mil 500 e tres mil, contrariamente ao balanço oficial de mais de 700 mortos.

O Presidente nigeriano, Umaru Yar’Adua, ordenou o desmantelamento da seita Boro Haram depois de os seus membros atacarem a Polícia em Bauchi provocando o alastramento da violência a quatro outros Estados do norte do pais, uma regiao predominantemente muçulmana.

O epicentro da onda de violência foi a cidade de Maiduguri, sede da seita então liderada por Muhammed Yusuf, de 39 anos de idade, e onde os soldados governamentais travaram com os membros deste grupo uma batalha de quatro dias que deixou centenas de mortos e cerca de quatro mil deslocados.

Yusuf, que foi detido pelo Exército e entregue a Polícia, morreu em circunstâncias controversas enquanto sob custodia da Policia numa altura em que o seu enclave era macicamente bombardeado pelos soldados governamentais.

Os corpos da maioria das vítimas dos confrontos froram enterrados numa vala comum.

Fonte: Angola Press

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