segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Órgão da ONU promove educação sexual a partir do nascimento

Por Dr. Terrence McKeegan


NOVA IORQUE, EUA, 4 de novembro de 2010 (C-FAM/Notícias Pró-Família) — “Nunca é cedo demais para começar a falar sobre assuntos sexuais para crianças”, diz guia lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Outrora muito respeitada por sua independência e integridade, a UNESCO agora trabalha em parceria com o Conselho de Educação e Informações sobre Sexualidade dos EUA (cuja sigla em inglês é SIECUS), braço educacional do polêmico Instituto Kinsey.

Em setembro passado, uma torrente de críticas saudou o novo guia da UNESCO sobre educação sexual por promover o aborto legal e masturbação para crianças até de cinco anos. A intensidade das objeções forçou a agência a remover o guia, apenas para de modo discreto relançar um novo guia em dezembro.

A UNESCO reconhece que um ex-diretor do SIECUS é um dos principais autores de seu guia sexual. O guia é citado oficialmente como modelo de educação sexual apropriada conforme a idade num novo relatório da ONU sobre direitos educacionais que foi veementemente denunciado por membros da ONU na semana passada.

A UNESCO removeu alguns trechos que continham linguagem mais explícita no guia revisado, mas manteve um apêndice com “princípios orientadores” que inclui um currículo de educação sexual inspirado por Kinsey para crianças a partir do nascimento até os cinco anos de idade. Esse currículo instrui os pais a dar para crianças novas bonecas com órgãos sexuais para brincarem, informá-las acerca de relacionamentos sexuais diversos e apoiarem a masturbação.

“Se uma criança está tocando a área genital em particular, ignore a conduta”, sugere o currículo. Com relação à identidade de gênero e orientação sexual, o currículo avisa os pais que a insistência em reforçar identidades sexuais tradicionais impedirá o desenvolvimento de seus filhos. “Confusão sobre essas questões e medo da homossexualidade (homofobia) têm feito com que muitos pais e outros adultos limitem o modo como meninas e meninos se expressam”.

Um currículo modelo incluído no guia da UNESCO orienta os instrutores que eles têm de evitar moralizações, pois não há certo e errado no debate sobre valores. Em outro currículo, os autores comentam uma contradição ao tratar de “enfoque e atitudes religiosas ao lidar [sexo] e enfoque e atitudes baseadas em direitos”. Contudo, outro currículo examina o desenvolvimento sexual de crianças novas, observando que desde o nascimento até a idade de dois anos as crianças podem “experimentar prazer genital”, e com a idade de três podem se envolver em “brincadeiras sexuais”.

O infame sexólogo Alfred Kinsey fundou seu instituto na Universidade de Indiana. Kinsey alcançou proeminência nas décadas de 1940 e 1950 por seu trabalho de documentar as condutas sexuais humanas. Os críticos acusaram Kinsey de promover a pedofilia, apontando para suas pesquisas que documentavam adultos fazendo com que crianças e bebês tivessem orgasmo. O Instituto Kinsey criou o SIECUS em 1964 como seu braço educacional. Seu primeiro diretor foi a Dra. Mary Calderone, ex-diretora médica da Federação de Planejamento Familiar [a maior rede de aborto dos EUA].

Um recente relatório do governo revelou que SIECUS recebeu $1,6 milhões de dólares em verbas federais entre 2002 e 2009.

No mês passado, um grupo de trabalho da UNESCO lançou um relatório que pede que a proibição da ONU à clonagem humana seja reavaliada. O grupo propôs que apenas a clonagem terapêutica deva ser proibida, o que permitira apoio para as pesquisas envolvendo outros tipos de clonagem.

Este artigo foi publicado com a permissão de http://www.c-fam.org/
Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

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