O livro “ABC Doido” é o
principal alvo das críticas. Nele, a letra T é associada ao
tridente, em uma página que também mostra figuras que seriam de
“demônios” em um diálogo ensinando que a letra T não é a da
cruz.
Outra das obras criticadas,
intitulada “Terríveis Romanos”, ensina à criança um passo a
passo de como analisar as vísceras de animais para se tornar um
“vidente” Em um de seus trechos, o livro explica: “É provável
que sua mãe não ache graça em você estripando um animal dentro de
casa. Se for o caso, vá a um criadouro e compre um coelho inteiro
para fazer a leitura”.
Diversos pais e mães de alunos
afirmam que os livros adotados nas escolas, como os já mencionados,
apresentam um conteúdo impróprio para o aprendizado das crianças e
afirmam que eles podem as influenciar negativamente.
- É como se estivesse induzindo ele
[aluno] a fazer algo. Eu estou ensinando ele o certo, para forjar o
caráter dele para ele ser um homem de bem e, na escola, ele
aprendendo outra coisa – Claudia David, mãe de um dos alunos que
recebeu os livros.
- Eu li o livro que chegou para ela
[filha] e vi que tinham umas palavras muito fortes – relatou a mãe
de outra aluna.
O caso foi parar na Câmara
Municipal da cidade, que convocou a secretária de Educação, Edna
Chamon, para prestar esclarecimentos sobre os conteúdos dos livros.
- Vamos perguntar para a secretária
o porquê que ela colocou esses livros, que nós entendemos que é
para uma idade maior, o porquê que foi colocado? – explicou o
vereador Noilton Ramos, afirmando que, assim como os pais, não
considera o material apropriado para as crianças.
Chamon será ouvida pelos vereadores
na Câmara na próxima segunda-feira (17). Porém, ela defendeu o
material adotado pelo município e adiantou que os livros não serão
retirados das escolas, e que fazem parte de um programa de leitura
aprovado pela equipe técnica da prefeitura. De acordo com a
secretária, os livros utilizados pela rede municipal de ensino de
Taubaté são referência e alguns deles, como o “ACB Doido”, são
títulos premiados.
- São materiais técnicos, dentro
de uma proposta técnica, títulos inclusive comercializados em mais
de 40 países – defende Edna Chamon.
Via Gospel +
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